domingo, 29 de janeiro de 2012

O problema de se gostar de planear as coisas…

… é que para além de antecipar as coisas boas também se antecipa as coisas “más”…
Eu e o N somos de planos, sempre fomos. Gostamos de antecipar, de planear as coisas com calma, metade da piada das coisas é planeá-las.
Foi assim com o nosso dia de Casamento e é assim, de uma maneira geral na nossa vida. Porque é assim que gostamos.
Metade da piada do dia do casamento foi planeá-lo. E ainda inchamos de orgulho quando algum nosso amigo nos diz que adorou e se divertiu imenso o nosso casamento. Porque o planeamos para que toda a gente adorasse. Se o nosso dia de casamento fosse só para nós, tínhamos casado só os dois, já nem é obrigatório testemunhas nem nada! Mas metade da piada foi planear o nosso dia para que fosse um dia especial para os nossos convidados. E foi.
Foi assim com o nosso dia de Casamento e é assim, de uma maneira geral na nossa vida.
E claro que é assim com o projecto de um filho. Planeamos há algum tempo que, desde que se reunissem as condições necessárias, planearíamos o nosso primeiro filho para 2013. Porque é antes dos meus 30 (condição do Ginecologista), porque é o ano em que fazemos 4 anos de casados (o que nos dava bastante tempo para namorarmos só os dois), porque sim.
E agora o motivo do post: é muito mau que eu esteja já com desejos das coisas que sei que não vou comer?
Quero sushi todos os dias (comida mal cozinhada, it’s a no no), quero muita coca-cola (refrigerante e cafeína, double no no), quero chocolate e doces em geral (bem, mais do que o costume anyway), quero tudo o que sei que não vou poder ter.
Por outro lado, já tenho desculpas para comer mais sushi, mais coca-cola, mais doces: “depois não vou poder!” digo eu com beicinho…

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Fiz duas resoluções de ano novo

Ainda não fiz nada para que uma delas se concretize(1) e a outra já comecei o ano a falhar(2).
Yeepyy!
(1) Arranjar as unhas todas as semanas, a ver se é desta que deixo de as roer – não quero nada passar este vício aos meus filhos
(2) Tirar foto a todos os trabalhos (crochet, costura) que faço

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Metro(s)

O meu dia começa de maneira diferente, quando venho no meu metro.
O metro seguinte, o que apanho quando me atraso, é um metro vencido pela letargia… onde de mente entorpecida todos se sentam, meio a dormir, a olhar pela janela ou fechando os olhos escondidos pelos óculos de sol. É um metro diferente, onde por vezes a minha agulha de crochet não sai do saco, intimidada, com medo de perturbar com actividade um ambiente tão parado. Tão estranho, não meu.
Hoje vim naquele que é o meu metro. 20 minutos é o que basta. Um metro cheio de vida, cheio do burburinho de pessoas que começam o seu dia-a-dia, pleno de conversas. Neste metro, que é o meu, as minhas mãos entretêm-se com o crochet, e a mente com as conversas das gentes que fazem do metro o início do seu dia. O início do meu dia.
De que outra maneira podia eu aprender que a D. Alice “aquela loja de roupa prós lados do mini-preço e do BES” é careira durante o ano, um par de calças chega a custar 20 euros, mas “nesta altura dos saldos já se compram coisas por 2 euros, 2 euros e meio, vale a pena”?
Ou que o brasileiro ao pé do mercado leva 4 euros por umas capas, “pode ser carote, mas duram e duram e duram… o pior é que damos 10 euros por um par de sapatos e depois custa 4 euros pôr-lhes umas capas… mas a gente afeiçoa-se aos sapatos, não é?”…
As gentes que enchem o metro, o meu metro, ajudam-me a começar o dia. O meu dia.